No último sábado saí com o meu filho com o
propósito de um breve passeio até o Farol da Solidão, em Mostardas. Depois de
quase quinze dias de chuva, o Sol e o vento fizeram-se presentes, abrilhantando
o final de semana. Rumamos até Capivari do Sul pela RS-040 e ingressamos no trecho da BR-101,
antigamente chamado de “estrado do Inferno”, hoje Rodovia Mercosul. Em Palmares
do Sul, tomamos uma estrada vicinal que leva ao município de Quintão, no
litoral Sul, para chegar até o Farol Berta, em Dunas Altas e, a partir daí,
dirigirmos rumo ao sul pela beira da praia até o Farol da Solidão.
Num trecho de aproximadamente 40 a 50
km, encontramos uns dez pescadores; três tartarugas mortas; um leão marinho e
muito, muito lixo - dejetos plásticos de toda a ordem. É de se entristecer com
as imagens do lixo acumulado e, desesperador ver aqueles belos exemplares
mortos, em consequência provável da ingesta de lixo. Acredito que o lixo
atirado na beira da praia encha um caminhão, no mínimo, e envolva cerca de dez
a vinte pessoas para retirá-lo da natureza.
Penso que se tivesse
rumado pela beira-mar até São José do Norte, divisa com Rio Grande,
deparar-me-ia com três a seis vezes mais lixo, guardada as proporções.
O passeio foi gostoso,
entretanto poderia ser prazeroso, mas impossível ficar alienado com o que
estamos fazendo com nossa mãe terra. E com certeza, o lixo depositado ali, não
o fora por seres humanos daquela localidade, minimamente povoada. Avista-se
meia dúzia de casebres no trecho mencionado. Já nas proximidades do Farol da
Solidão existe um povoado com uma centena de casas. Diferente do outrora lugar
pouquíssimo habitado.
|
Caminhante
Intitulo-me um Caminhante na Busca da Inteireza do Ser que ao ingressar na Maturidade olha para sua caminhada reverenciando e agradecendo as etapas galgadas e com ciência de que o hoje me permite vislumbres e descobertas na tessitura daquele que Sou. Membro dos Guerreiros do Coração UNIPAZ/SUL desde 2011. Pós Graduado em Psicologia Transpessoal pela UNIPAZ/SUL - 2014 com a tese Sinfonia da Vida: o pendular entre Razão e Emoção
segunda-feira, 12 de junho de 2017
O que estamos fazendo com o Planeta
quinta-feira, 25 de maio de 2017
O Outro
Aonde quer que pulse um coração miscigenado – brasileiro por
natureza – há Você e alguém ao seu lado.
E o defeito sempre está no outro, que em psicologia chama-se
Projeção. No jargão popular: “o macaco não enxerga o próprio rabo, só o do vizinho”.
Se quiseres mudar o mundo começa por ti, disse Ghandi.
Estamos sendo bombardeados por notícias e boatos; opiniões
pessoais e editoriais; nas mídias televisivas, radiofônicas e impressa, e, mais
ainda, pelos dispositivos das redes sociais que permitem uma generalização
rasa: os escândalos sobre corrupção até agora divulgados são apenas a ponta do
iceberg; e, há o risco de uma polarização doentia, quase fanática.
Não se trata de fora Dilma! Fora Temer! Fora Aécio! Talvez o
ideal fosse Fora T O D O S !!!
Do jeito em que as cartas são distribuídas nesse Jogo de
Poder, há uma minoria que governa esse País, à medida que financia tais
campanhas e elege aqueles que são do seu interesse. Os irmãos donos da JBS e Emílio
e Marcelo Odebrecht em suas delações premiadas mostraram “a ferida aberta,
escancarada” do funcionamento dessa máquina de corrupção que não é de agora.
Está entranhada nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal, em
praticamente todo o Brasil. Esse jogo de cartas marcadas é um câncer que
precisa ser extirpado. Mas como?
O que cada um de nós
contribuí para que esse País seja diferente?
Voltando à “projeção” - o defeito que eu aponto no outro
está em mim. Da mesma forma, as qualidades que aponto no outro, também residem
em mim. Dentre as qualidades do brasileiro é de se destacar a criatividade e a
hospitalidade. O problema é que a criatividade pode ser usada para fins nobres
e pacíficos ou para fins escusos e perversos ou beligerantes. Quando um
brasileiro descobre um furo na Lei, de imediato, tenta se valer disso e, logo a
seguir, dá a dica para alguns amigos, sendo que, depois, ainda repassa essa
informação – já não tão nova - para outros, objetivando lucro. Esse levar
vantagem, que gerou a tal “Lei de Gérson” nos idos da década de setenta está
impregnado em nós, numa graduação que vai do sutil até a mais abusiva e
palpável possível. Os representantes no Legislativo nessas três esferas foram
colocados lá pelo voto popular, em que pese a descoberta sobre o caixa dois de
campanhas. Eles representam, por amostragem, o povo brasileiro.
Não, não. Não adianta chiar, espernear, dizer que os que
estão lá são a nossa Sombra, mas que nós somos essencialmente Luz. A diferença
entre roubar uma maça na quitanda e um milhão de reais em uma maracutaia, está
no objeto e, principalmente que: se pego, o ladrão da quitanda corre o risco de
baixar o presidio.
É bem verdade que grande parte da população brasileira é
honesta, trabalhadora, solidária, criativa e esperançosa, portanto haveremos de
encontrar meios para modificar nossa sociedade.
E a dica passa pela União. Aceitação de si e do outro. A
busca tão sonhada de um bem comum.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
ENCONTROS
Estou
próximo de completar 59 anos. Ao me olhar no espelho indago da imagem que me
surge à frente sobre a vida: meus momentos de chegadas e partidas, de encontros
e desencontros. Estou me referindo aos momentos em que nos deparamos com o
outro – breves ou longos instantes onde dois indivíduos únicos se aproximam
fisicamente. Nem sempre o encontro é afetivo. Via de regra, no mundo
empresarial, ele é formal e distanciado. Mesmo nos encontros familiares, a
presença física pode ser de proximidade, mas a junção de almas ou corações pode
estar em oposição ou posição antagônica.
Um
dia tem 84.600 segundos. Já reparamos que nossas trocas afetivas são
insignificantes, se levarmos em conta de que um abraço leva em média 30
segundos? Quanto tempo de entrega efetiva a nossos companheiros, filhos,
amigos, pais, dedicamos diariamente?
Muitos
indivíduos cruzam nosso Caminho desde o nascimento até a morte. Cada um deixa
uma impressão em nós e leva uma impressão da gente. Estreitamos esse
relacionamento quando de alguma forma permeia o afeto. Amizade é isto: uma
grande afeição; apreço entre pessoas.
O
espelho me mostra um rosto que eu acompanhei o envelhecimento à medida que os
anos passavam. Sei que ao longo do tempo não criei expectativa alguma de como
seria minha fisionomia com o passar do tempo. Hoje, me ressinto da ausência de
alguns amigos que já encerraram sua caminhada por aqui. Aprendi, com essas
perdas que, às vezes, poupamos nosso Amor, entregando-o paulatinamente, em
conta gotas. E quando a finitude nos surpreender, constatamos que deveríamos
ter Vivido mais, Amado mais, ter “gasto” mais tempo com aqueles que a amizade,
o amor, a empatia fazem da convivência um motivo para acreditar na humanidade,
e, que outro mundo é possível.
“Faça
Amor não faça Guerra” lema dos anos Setenta continua como mote aqueles que
sabem que a polarização é burra. Acreditar que a salvação está em “A” ou “B” é
o que temos visto no confronto político. Tal rivalidade dicotômica também
existe nos estádios de futebol e cresce no meio religioso.
É
preciso sair dessa posição egoica de que o certo sou eu e aqueles que fazem
parte de alguma agremiação em que eu esteja inserido. Lembremo-nos, sempre, de
que tudo depende do ponto de vista e das poucas e, às vezes, tendenciosas informações/opiniões
que chegam até nós.
Vem
à mente a música da Legião Urbana que lembra a fala Franciscana de que é
preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...
São
quase três décadas de esperança de novos rumos. Tanta coisa mudou: planos
econômicos; abertura política e de mercado; advento de novas tecnologias,
contudo persistem os problemas cruciais: CORRUPÇÃO E DESFAÇATEZ. Alguns poucos
usurpando a riqueza dessa Nação e resultando em políticas públicas de baixa
qualidade nas áreas da Segurança, Saúde, Educação e Moradia, os pilares básicos
da Cidadania.
Caminhemos!
Há
de chegar o momento em que toda a sociedade participe mais efetivamente daquilo
que queremos para essa NAÇÃO e o legado que deixaremos aos nossos netos e
descendentes.
Paralelo 30 sul
CAMINHOS
Se eu percorresse a mesma estrada diariamente duas
constatações opostas surgiriam: a automatização, pelo Cotidiano e, o vislumbrar
de que nada é igual, tudo Muda o tempo Todo.
O solo e o calçado que o toca
modificam;
A paisagem muda com o Clima;
Meu olhar muda conforme eu estiver
interiormente;
As nuances de cores se
metamorfoseiam de acordo com as modificações dos raios solares e com o bailar
da luz e das sombras.
E o principal, o encontro com as
pessoas: serão ou não as mesmas?
Mesmo
que fisicamente o sejam, elas estarão, assim como eu, modificadas pelas suas
emoções; preocupações; sentimentos e sensações diversas.
Portanto, o Caminho se faz, independente da jornada
física e do seu traçado.
E não se repete!
Paralelo 30 sul
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
BRASILEIRO
"Sou
brasileiro de estatura mediana
Gosto
muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque
no amor quem perde quase sempre ganha
Veja
só que coisa estranha, saia dessa se puder..."
Lero
lero- Edu Lobo
http://letras.mus.br/edu-lobo/45625/
Nasci brasileiro meridional do paralelo 30, em
Porto Alegre – RS, quando o Brasil sagrava-se Campeão Mundial de Futebol, em
junho de 1958.
O dado populacional estimado para o Brasil era de
62.725.000 habitantes.
Quando ingressei no Ginásio (equivalente a 6ª - 9ª série do ensino fundamental atual), em 1971, já conquistáramos o
Tricampeonato Mundial de Futebol em 1970, no México, e éramos “Noventa milhões
em ação”.
Portanto, minha infância foi nos anos 60; minha
puberdade e adolescência nos anos 70 e ingressei na Adultez nos anos 80. Sou
considerado pelos especialistas como um cara da Geração X. (http://www.infoescola.com/sociedade/geracao-x/)
Quero abrir uma janela para homenagear ao Nando
Pinheiro que tão bem resumiu o “modus operandi” dos que integraram minha
geração, em Nascidos Antes de 86. (https://www.youtube.com/watch?v=-j0iVzsLMro)
Eu e minha atual esposa entramos na Maturidade
(etapa que se inicia aos 55 anos aproximadamente) sendo que, como a maioria dos
indivíduos da nossa geração já dedicamos 40 anos ou mais de nosso trabalho ao
País.
Abro uma segunda janela: os brasileiros de origem
pobre começam a trabalhar muito cedo e a inserção no mercado formal de trabalho
se dá, às vezes, até dez anos depois do primeiro “bico”.
Este hiato faz com que a contribuição à Previdência
Social se dê tardiamente, e em consequência levando a uma aposentadoria acima
dos sessenta anos. Com as mudanças econômicas que ocorreram nos últimos
cinquenta anos e influenciaram positivamente a qualidade de vida da Nação,
ofertamos aos nossos filhos uma compensação ao que passamos e, por sua vez,
procurando poupá-los, investimos em Educação e cuidados para que cheguem à
idade adulta, para só então, ingressarem no mercado formal de trabalho
(aplica-se aos filhos das classes A, B e C). Recentemente, há famílias em que
os filhos permanecem agregados à Matriz Pai e Mãe ou a um desses dois, e fazem
especialização, Mestrados e Doutorados para integrarem a Força de Trabalho
deste País. Com a presente Recessão no Brasil, deparamo-nos com o problema do
desemprego, o que forçosamente adia o ingresso de uma fatia considerável de
jovens ao primeiro emprego, bem como interrompe a contribuição à Previdência
Social, por parte dos desempregados.
Abro uma terceira janela: Um colega meu de
Guerreiros do Coração (www.guerreirosdocoracao.com.br) cita que o
líder indígena Kaka Werá, (kakawera.blogspot.com) de origem Caiapó, fez uma contribuição
antropológica essencial e que necessita ser investigada por todos nós.
Como é do conhecimento de todos, os indígenas aqui
viviam quando da chegada dos portugueses em 1500. O Pau-Brasil - árvore muito
utilizada como madeira e corante foi levada pelos portugueses ao Reinado.
Àqueles que extraiam e levava esta madeira, os indígenas chamavam de
brasileiros, ou seja, nome dado aos que roubavam Pau-Brasil. Este mesmo colega,
afirma que ficou impregnado em nosso Inconsciente Coletivo – Um povo que rouba
de si próprio.
Refira-se que a colonização, do século XVI ao XIX,
dizimou a riqueza da Cultura Indígena.
Será que é possível buscarmos uma cura coletiva
para nossas mazelas?
Será que conseguiremos extirpar a corrupção da
história de nossa Nação?
Tentando fechar a postagem de hoje
A Força deste País não está no Governo e sim no
povo que constituí essa Nação, o qual na grande maioria é honesto e
trabalhador. Dada à criatividade e a resiliência, nós brasileiros, sairemos da
Crise, que é política, econômica e social.
Precisamos acabar de vez com:
A
|
Analfabetismo
|
B
|
|
C
|
CORRUPÇÃO
|
D
|
Desmatamento
|
E
|
|
F
|
Fome
|
G
|
|
H
|
|
I
|
|
J
|
|
L
|
|
M
|
|
N
|
|
O
|
|
P
|
|
Q
|
|
R
|
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S
|
|
T
|
|
U
|
|
V
|
|
X
|
|
Z
|
|
Esta listagem está entreaberta e os convido a me
auxiliarem a desenvolver o ABC da MUDANÇA.
Acredito que é chegada a hora de cada um olhar para
si, perscrutar suas sombras, ousar em construir uma sociedade melhor, mais
justa e igualitária, que permita o acesso à Educação, Moradia, Saúde e
Segurança – itens básicos e universais.
E desde já, afirmo que não tenho interesse
político.
Meu anseio é pelo resgate de nossa Ancestralidade,
que é Indígena, Africana e mesclada aos povos europeus e asiáticos que aqui
aportaram posteriormente. Somos todos mestiços. Precisamos reafirmar nossas
origens, encontrando a Energia que pulsa neste imenso território e em cada um
de nós. Somos atualmente duzentos e quatro milhões de habitantes – Brasileiros
– com muito orgulho e muito Amor.
Necessitamos cessar a expropriação de nossas
riquezas naturais; reduzir paulatinamente a corrupção da rotina deste País.
Fazer aflorar para o mundo nossas qualidades, tendo a consciência de nossos
defeitos, dentre eles, a tradicional busca de levar vantagem em tudo.
A corrupção é tamanha neste País porque olhamos
primeiro para nosso umbigo. Queremos o melhor para nós e para nossos familiares
ou amigos. Não temos o hábito de pensar coletivamente. Pensamos
partidariamente, clubisticamente, segmentariamente.
Que a Luz se faça em nossa Caminhada.
07/09/2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
A grande teia da Vida
tem meandros, tal qual um fio a ser puxado e que serve de possibilidade de
autodescoberta. Investiguei a respeito desses meandros em cada momento e ao
olhá-los separados,são fragmentos, mas ao olhar o meu passado e o presente,
interpondo o futuro, por que não, me vejo inteiro, um Ser único, cuja
identidade se faz ao relacionar-se.
Abaixo,
reflexões minhas sobre o tema Fragmentos:
FraGmenTos
O
segundo o é, em relação ao momento;
A
tempestade contém a força de muitos ventos.
Eu,
no Ontem, no Hoje e no Amanhã,
Retalhos
de um Patchwork
Pedaços
de um mosaico
Facetas
conhecidas e encobertas de mim
Tons
de vermelho intenso à carmim
Fragmentos
de uma concretude estéril,
Porque
sou humano.
Porto Alegre,
04/10/2008
Fragmentos II
Pigmentos
em pinceladas lançam vida à obra.
Ela
expressa um sentimento, ou melhor,
vários
sentimentos condensados em um momento.
Não
sei se saberia pintar meu auto-retrato.
Traços
conscientes fisionômicos
Pintaria
a Paixão, a Raiva, a Mágoa com tracejados econômicos?
Dentro
de mim reverberam os sentimentos já percorridos nessa Vida
a
todos eles dei guarida,
porque
não há como não senti-los,
contudo,
alguns habitam o fosso do inconsciente;
outros
jazem ou pulsam na consciência de que, com certeza,
Sou
mais do que pareço e me conheço!
Sou
luz e sombra em contrastes
Sou
rabisco, a carvão e giz.
Desse
que me fiz e um que me busco em SER.
Porto
Alegre, 04/10/2008
[1]Edward Bach foi um médico britânico, desenvolveu as essências
florais de Bach, uma forma de medicina alternativa inspirada em clássicas
tradições homeopáticas.
RAZÃO E PAIXÃO
E a sacerdotisa falou novamente e disse: “Fala-nos da Razão e da
Paixão”
E ele respondeu, dizendo:
“Vossa alma é frequentemente um campo de batalha onde vossa razão
e vosso juízo combatem contra vossa paixão e vosso apetite”.
Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a
discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia.
Mas como poderei fazê-lo, a menos que vós próprios sejais também
pacificadores, mais ainda, enamorados de todos vossos elementos?
Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma
navegante.
Se vossas velas ou vossos lemes se quebram, só podereis ficar
derivando ou permanecer imóveis no meio do mar.
Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo o impulso; e a
paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.
Portanto, que vossa alma eleve vossa razão à altura de vossa
paixão para que possa cantar;
E dirija vossa paixão a passo com a razão, para que possa viver
uma ressurreição cotidiana, e tal a fênix, renascer de suas próprias cinzas.
Gostaria de que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como
trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa.
Certamente não honraríeis a um hóspede mais do que ao outro; pois
quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos.
Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca dos álamos
brancos, partilhando da paz e da serenidade dos campos e dos prados distantes,
então que vosso coração diga em silêncio: “Deus repousa na Razão”.
E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a
floresta e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que
vosso coração diga com temor e respeito: “Deus age na Paixão”.
E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta
de Deus, também devereis descansar na razão e agir na paixão.
(Extraído
de O Profeta, de Kalil Gibran, 1974, p. 47-8)
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